Pioneira, CVM adota padrão global de report ESG estabelecido pelo ISSB
Pioneirismo brasileiro no ESG: A CVM está liderando o caminho, sendo o primeiro órgão regulador do mundo a adotar oficialmente o padrão global de divulgação financeira de sustentabilidade, estabelecido pelo International Sustainability Standards Board (ISSB). A nova norma, que entra em vigor em 1º de novembro, visa padronizar a divulgação de riscos e oportunidades de sustentabilidade para empresas e fundos. Inicialmente, a divulgação será voluntária, mas passará a ser obrigatória para empresas de capital aberto a partir de 2027.
O padrão estabelecido abrange informações gerais de sustentabilidade (S1) e informações climáticas (S2). Em ambos os conjuntos de normas, as empresas deverão detalhar aspectos relacionados à governança, gestão de riscos, estratégia e metas e métricas. No S2, informações sobre o inventário de gases de efeito estufa, investimentos em projetos relacionados ao clima e remuneração dos executivos vinculada a metas climáticas são obrigatórias.
Esse marco é crucial para tornar as informações financeiras de sustentabilidade comparáveis internacionalmente. Com a adoção dessas normas, investidores de todo o mundo poderão avaliar como os riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade afetam os indicadores financeiros das empresas. Além disso, essa decisão pode atrair investidores estrangeiros interessados em compromissos de sustentabilidade e controle das mudanças climáticas.
Embora as normas ISSB foquem nos riscos e oportunidades da sustentabilidade e do clima, ficando de fora os impactos no meio ambiente e no clima, a decisão do Brasil de adotar esse padrão global é um passo significativo na direção certa. Esse movimento pode ajudar a alinhar o país com as tendências internacionais de divulgação financeira de sustentabilidade e, com o tempo, considerar a dupla materialidade, que é uma visão mais completa das questões de sustentabilidade.
Na Domani Global, temos convicção de que a adoção de um padrão de relatório internacional aumenta substancialmente a credibilidade do mercado, trazendo maior transparência, facilidade de análise e comparação de dados, além de contribuir para discussões sólidas sobre sustentabilidade e atuar diretamente na prevenção do 'greenwashing' e no aprimoramento da governança corporativa. Além disso, acreditamos que empresas que adotarem essas normas desde o início estarão em uma posição mais vantajosa para cumprir as regulamentações a partir de 2027, enquanto aquelas que adiarem sua preparação poderão enfrentar obstáculos mais complexos no futuro.
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